quarta-feira, 29 de setembro de 2010

como a água

eu tentei segurar, mas escorreu pelos meus dedos. desde o início eu sabia que seria assim, você sempre tão incostante, é impossível prever o dia de amanhã ao seu lado. meu coração estava apaixonado demais para lembrar que não é seguro construir algo em terreno incerto. afinal, de que vale qualquer grande obra se estiver sempre prestes e desmoronar?
mas então chove, e a água que havia escapado agora cai sob mim. suave, me resfresca.. eu já não lembro mais do que estava acontecendo. maravilhada pelas gotas que saciam a sede do meu coração e apagam aquele fogo enlouquecedor que me queimava, junto minhas mãos em forma de conchinha e deixo que se encham de água.
a chuva passou, mas a água ainda está em minhas mãos.. até quando? te ter aqui, signifca viver sempre em meio a tempestade, sempre te vendo ir embora sem que eu possa fazer nada. 
como a chuva, você passa e leva tudo embora sem que eu tenha qualquer controle sobre isso. 
A.

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